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Perspetivas de recordes na Meia Maratona Sport Zone

É já este domingo, a partir das 10 horas matinais, que vai para a estrada a 11ª edição da Meia Maratona Sport Zone, e a prova deste ano de 2017 aponta para a obtenção de recordes do percurso, tanto no lado masculino como no feminino, o que a acontecer terá alto significado, face ao nível entretanto alcançado no passado.

No sector feminino a presença portuguesa será mais forte, em comparação com a masculina, mas é na vertente dos homens que os maiores nomes internacionais se apresentam na Invicta desta vez.

Cinco fundistas africanos apresentam-se com um recorde pessoal a menos de uma hora, quatro quenianos e um marroquino, e todos aspirarão a fazer melhor do que os 59m30s, que o recordista mundial eritreu Zersenay Tadese obteve a 18 de setembro de 2011. Matthew Kisorio é, de entre eles, o de melhor recorde pessoal, com 58m46s, o que faz dele o terceiro mais rápido especialista de sempre na distância, desde esse dia de 18 de setembro de 2011 em Filadélfia. Com esta credencial e outras, como são máximos pessoais fantásticos nas distâncias clássicas, 12m57,83s aos 5000m e 26m54,25s na distância dupla, Kisorio tem de ser dado sempre como favorito. Porém, nada é líquido face a adversários como os seus colegas Abraham Kiptum e Joel Kimurer, ambos cotados com 59m36s como melhor, ou Emmanuel Mutai (59m52s), este outro dos absolutos melhores, neste caso o quarto de todos os tempos na maratona, com o seu tempo de 2h03m03s em Berlim, em 2014.

O árbitro da compita entre quenianos deverá ser, com lógica, o marroquino Aziz Lahbabi, detentor de um melhor tempo de 59m25s em Ostia, em 2014, e que quererá inscrever pela primeira vez o seu país na lista de vencedores no Porto.

Já se sabe que nas corridas de longa distância muitas vezes os principais candidatos não ganham, e às tantas nem ficam perto, por isso convém referir outros dos estrangeiros de elite presentes. Mais quenianos, como Robert Kwambai (60m31s), Vincent Chepkok (60m53s), Marius Kimutai (61m28) e Martin Kosgei (61m43s), e também de novo mais japoneses, Keita Baba, Naoya Takahashi e Ikutu Yufu, todos com máximos pessoais entre 62m23s e 62m46s, o italianao Simone Gariboldi (62m51s), e o espanhol de origem etíope Alemayehu Bezabeh , que fez uma algo tímida estreia na distância em Getafe, o ano passado, com 63m25s. Dizemos “tímida” porque Bezabeh é o recordista espanhol dos 5.000m com 12m57,25s, (além se ter já sagrado campeão europeu de crosse), e com estas bases pode normalmente aspirar a um tempo muito melhor.

Isto aplica-se ainda mais a Chepkok, que foi aqui na Invicta segundo na Meia de 2014, com 60m53s, Ele tem marcas, de 3m30,47s aos 1500m, 7m30,15s aos 3000m e 12,51,45s aos 5000m. É neste particular, e de muito longe, o melhor dos presentes. Precisa de dar o grande salto em frente na estrada. Será desta?

Os portugueses disputam um campeonato particular entre si, sobretudo Rui Pedro Silva, José Moreira, Pedro Ribeiro e Daniel Pinheiro. Nos últimos anos tem sido difícil ficar entre os dez primeiros, a ver vamos se é possível agora.

Já no lado feminino Portugal parte com algumas aspirações, com um fortíssimo trio composto por Carla Salomé Rocha, Catarina Ribeiro e Sara Moreira, acolitadas por Doroteia Peixoto, e elas terão, mais que os homens, uma palavra mais efetiva a dizer quanto ao desfecho da prova.

Sara Moreira é a campeã europeia da Meia Maratona, foi segunda nas provas do Porto há dois anos (70m42s), mas a sua temporada tem sido muito incerta. A ver vamos a que nível se pode exibir, e se esse for algo próximo do seu melhor pode sonhar com o pódio. Catarina Ribeiro tem boas recordações do Porto, pois foi aqui que em novembro passado se estreou na maratona com mínimos para os Mundiais de Londres, mas estando nessa distância na capital britânica protagonizou uma prova algo precipitada, saindo na frente sozinha muito cedo, o que acabou por a levar a desistir. No entanto é um talento, como o é a sua colega de treino Salomé Rocha, e de ambas é sempre de esperar algo. Doroteia Peixoto, por seu lado, “acha” hoje a Meia Maratona uma distância algo curta para ela, já que é um a fundista hiper-resistente, mas costuma ser pendular e não deverá desiludir.

O ano passado venceu de forma inaugural uma japonesa, Naki Isaka, com 72m12s, e desta vez as suas compatriotas Rui Ayoama (70m28s) e Ayano Ikemitsu (71m36s) tentarão renovar a dose. Porém é a queniana Vivian Kiplagat a detentora da melhor marca à partida, com 69m05s em Verbania, Itália, já este ano, e a sua presença faz acreditar que o recorde da prova possa descer dos 70 minutos, o qual dista atualmente 23 segundos.

Depois Monica Jepkoech, do Quénia também (69m12s), será a outra grande candidata, e igualmente será de segui a prova de estreantes, das quais nunca se sabe o que pode sair, como é o caso da etíope Shito Wudessa.

A não perder, este domingo de manhã!