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Sara Moreira de novo segunda na Meia Maratona Sport Zone

Sara Moreira tinha assumido que viria ao Porto para tentar uma primeira vitória portuguesa na Meia Maratona Internacional Sport Zone, que este domingo de manhã se realizou pela nona vez, e de facto confirmou que o seu desiderato era substanciado; porém, a fundista de Roriz, pela segunda temporada a representar o Sporting CP, não levou a sua avante, reeditando o segundo lugar do ano passado. Mas esteve bem perto do objectivo principal, neste início de temporada de estrada a caminho dos Jogos Olímpicos, e foi claramente a figura portuguesa da corrida, conseguindo mesmo vencer a principal atleta do contingente japonês que ajudou a abrilhantar a competição. Só que, mais uma vez, havia outra…Outra africana, claro, a queniana Monica Jepkoech, que levou a vitória para casa, aumentando o score na Invicta de 8 para o Quénia contra 1 para a Etiópia, no que respeita a primeiros lugares.

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Esta nona edição da Meia Maratona Sport Zone constituiu o habitual êxito, com mais uma enchente nas ruas marginais ao Douro, no Porto e em Gaia. Mais de 14 mil participantes, entre a prova principal e a Mini, fizeram sublinhar a cor laranja predominante das t-shirts oficiais do evento, numa manhã de pleno Verão, com tempo soalheiro fazendo lembrar, a quem não o saiba ou tenha esquecido, que o Porto também tem uma luminosidade extraordinária. No que respeita só à Meia Maratona, também o número de finalizadores constituiu um novo recorde, com 5197corredores a atravessarem a linha da meta colocada, como sempre, junto ao Jardim do Calém Fluvial. Quanto aos que terminaram há registar a curiosidade de uma das que o conseguiu, Ana Galvão, esposa do conhecido humorista Nuno Markl, o ter feito na sua primeira experiência nos clássicos 21097 metros.

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O calor que se fez sentir acabou por afectar de maneira evidente o esforço dos atletas de elite na obtenção de bons tempos, mas ainda assim a corrida masculina acabou com um bom registo, um pouco acima dos 61 minutos, e que no cômputo das nove edições fica como o quinto mais rápido a dar o triunfo. Os africanos dominaram sem partilha, como se esperava, e apesar da presença em estr4eia de bons fundistas japoneses. Cedo o lote de comando incluiu cinco quenianos, destacados, que rapidamente se tornaram três para depois ficarem sós na liderança Emmanuel Bor e Justus Kangogo. Ezekiel Chebii, detentor de um recorde pessoal a menos de uma hora (59m05s) e talvez o principal favorito, foi o último a ser largado, para Bor atacar de forma decisiva ainda antes da marca dos 15 km. Neste ponto ele passou em 43m05s, com Kangogo cinco segundo atrás, mas a sua vantagem foi sempre aumentando e ainda longe da meta o desenlace podia ser claramente antecipado.

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Com 61m06s Emmanuel Bor, vencedor já este ano da meia maratona de Rabat, em Marrocos, estabeleceu um novo máximo pessoal e acabou com largos 45 segundos de vantagem sobre Justus Kangogo, enquanto Chebii fechava um pódio todo queniano, o que aconteceu pela quinta vez no historial da prova. O melhor japonês, Kenta Kitazawa, terminou em sexto, com 65m31s, pelo que só quenianos lhe ficaram à frente.

Dos portugueses José Rocha, neste seu regresso à competição com as cores do Olímpico Vianense, foi o melhor, no oitavo lugar com 65m46s, mesmo adiante de José Moreira (65m51s) e Rui Pinto (66m06s), ambos do SL Benfica. Depois Daniel Pinheiro (Maia AC – 68m17s) e Licínio Pimentel (Sporting CP – 68m59s) acabaram nos 12º e 13º lugares, respectivamente.

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No lado feminino tudo foi bem diferente e muito mais equilibrado. Sara Moreira esteve sempre na frente da prova, tendo a japonesa Misaki Kato, detentora de um excelente máximo pessoal de 69m49s, obtido com o segundo lugar na meia maratona de Osaca de 25 de Janeiro passado, mostrado também que vinha para ganhar, andando igualmente sempre pelo comando. A africana de serviço era Monica Jepkoech, uma queniana de 32 anos, e tal não surpreendia, dada a experiência e qualidade da atleta, ao fim e ao cabo detentora do melhor máximo pessoal de entre as presentes, com 69m32s feitos há dois anos. As três estiveram muitos quilómetros na liderança isolada e ainda no ponto de referência dos 15km passavam coladas, com 50m13s. Aqui a maia próxima era outra queniana, Pamela Rotich, mas já a 23 segundos, e esta diferença viria a acentuar-se largamente na légua final.

Monica Jepkoech viria a colocar o seu ataque decisivo e persistente ainda antes dos 20km e acabaria por chegar a um triunfo confortável - e o sétimo queniano no evento - em 70m26s, com Sara Moreira a fazer 70m42s, oito segundos a menos do que obtivera o ano transacto para idêntico segundo posto. A sportinguista conseguiu nos metros finais fugir a Misaki Kato (70m50s), Rotich, em quarta, já acabou minuto e meio a mais que a nipónica (72m28s), e Vanessa Fernandes (SL Benfica-73m46s) foi a segunda melhor portuguesa, no sexto lugar. Nas dez primeiras couberam mais duas portuguesas, Carla Martinho (Adercus-76m03s) em nona, Leonor Carneiro (Sporting CP-77m07s), a última portuguesa antes de Sara Moreira a obter um pódio na Meia Maratona SportZone (terceira em 2012), um lugar depois.